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Craque Argentino

Messi é chamado de mentiroso e hipócrita em Hong Kong

O Inter Miami lamentou a ausência de seus principais jogadores da partida e disse compreender o desgosto dos torcedores

Idolatrado mundo afora pelo enorme talento futebolístico, Messi, 36, o melhor jogador do mundo, tornou-se malquisto em um lugar: Hong Kong.

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Motivo: o oito vezes ganhador da Bola de Ouro ausentou-se de uma partida do Inter Miami, clube que defende e que faz um tour de pré-temporada (ando por América Central e Ásia), contra um combinado local no domingo (4).

O camisa 10 permaneceu o tempo todo no banco de reservas, o que causou surpresa e insatisfação nos 40 mil torcedores que lotaram o estádio primordialmente para ver o argentino em ação.

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Para isso, pagaram caro: o ingresso variou de US$ 113 a US$ 624 (R$ 560 a R$ 3.090). O Inter Miami goleou por 4 a 1, com vaias dos presentes para a equipe dos EUA.

O sentimento desses fãs, que depois contaminou a mídia e autoridades políticas e esportivas da região, transformou-se em revolta quando o atacante esteve em campo três dias depois para atuar pelo time da Flórida contra o Vissel Kobe, no Japão.

Para ficar fora do amistoso em Hong Kong, que é um território autônomo na China, Messi alegou uma lesão na virilha, comprovada, de acordo com sua equipe, por exames.

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Outro astro que ficou no banco todo o tempo nessa partida foi o uruguaio Luis Suárez, destaque do Grêmio no Campeonato Brasileiro de 2023, também devido a uma lesão.

Porém, a meu ver, se eles não tinham condição de atuar, não deveriam ter sido relacionados pelo treinador Gerardo “Tata” Martino. Supostamente, quem está na reserva está apto para jogar.

O ápice da repulsa partiu de Regina Ip Lau Suk-yee, integrante do Conselho Legislativo de Hong Kong.

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“Messi não deveria jamais ter autorização para voltar a Hong Kong. Suas mentiras e sua hipocrisia são nojentas”, escreveu ela no X (antigo Twitter).

A empresa organizadora do amistoso em Hong Kong promete reembolsar parcialmente o público que se decepcionou com a não participação de Messi. “A Tatler Asia oferecerá a todos que compraram ingressos pelas vias oficiais um reembolso de 50%.”

O Inter Miami lamentou a ausência de seus principais jogadores da partida e disse compreender o desgosto dos torcedores.

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“Entendemos que houve decepção com a ausência de Lionel Messi e Luis Suárez e lamentamos que não tenham podido participar”, disse o clube à agência Reuters. “Infelizmente as lesões fazem parte do jogo, e a saúde dos nossos jogadores deve estar sempre em primeiro lugar.”

Fruto da repercussão negativa ou não, Messi, depois de atuar em solo japonês, mostrou-se chateado por não ter podido atuar em Hong Kong e declarou esperar jogar lá no futuro, mesmo sendo considerado atualmente uma “persona non grata”.

A fala do astro não amenizou a situação. O jornal Global Times, ligado ao governo chinês, publicou editorial, intitulado “Messi está jogando um jogo que envolve a integridade”, com duros ataques ao jogador.

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“Depois de ajudar a seleção argentina a conquistar a Copa do Mundo do Qatar, a reputação de Messi atingiu o auge, e muitos torcedores o consideram um ídolo inspirador.”

“Diferentemente do amistoso em Hong Kong, ele saiu do banco e jogou 30 minutos [no Japão], demonstrando boa condição física. Assim, a partida em Hong Kong tornou-se a única nos seis amistosos de pré-temporada em que ele esteve ausente.”

“Os fãs não apreciam só suas habilidades no futebol, mas também examinam seu caráter. O espírito profissional e contratual são o resultado final para ele [Messi], e existem requisitos mais elevados, como a responsabilidade social. Se houver alguma falha em sua integridade, isso resultará em uma enorme reação negativa.”

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“Não existem superestrelas eternas, somente amor eterno pelo futebol. Quem se desviar da intenção original desse esporte, independentemente do motivo, não alcançará bons resultados.”

Efeito imediato da repercussão e polêmica que teve o caso, a chinesa Hangzhou decidiu cancelar um amistoso que a Argentina faria na cidade em março contra a Nigéria, possivelmente com a presença de Messi.

O Departamento de Esportes da cidade justificou a decisão alegando não haver “condições maduras” para a realização da partida, mencionando “razões conhecidas por todos”.

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No da seguinte, a capital da China fez o mesmo, cancelando o amistoso, também em março, da Argentina com a Costa do Marfim.

“Pequim não planeja neste momento organizar algum jogo em que Messi possa participar”, disse em comunicado a associação de futebol da cidade.

Houve, todavia, quem argumentou em defesa de Messi e do Inter Miami: o jornalista americano Max Bretos, comentarista de partidas da MLS (Major League Soccer), a principal liga dos EUA.

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“O público deveria conhecer melhor esses jogos [de pré-temporada]. Não se promete que um jogador vai jogar. Então, por que os fãs são tratados como se merecessem algo? Se você corre o risco ao comprar ingressos, é por sua conta. Tem que saber que algo pode dar errado, principalmente quando se lida com alguém de 36 anos.”

O Inter Miami disputou até agora seis partidas preparatórias para a MLS 2024, com uma vitória, dois empates e três derrotas, e jogará mais uma, contra o argentino Newell’s Old Boys, na quinta-feira (15), antes da estreia no campeonato, no dia 21.

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