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MEDALHISTAS

Paris pode consagrar novos atletas brasileiros no top 10 de maiores medalhistas paralímpicos

O maior medalhista brasileiro em Paralimpíadas é Daniel Dias, com 27 medalhas

JOSUÉ SEIXAS
MACEIÓ, AL (FOLHAPRESS) – A primeira colocação do ranking dos maiores medalhistas paralímpicos do Brasil não estará em jogo nas Paralimpíadas de Paris-2024. Com 27 medalhas, sendo 14 de ouro, o nadador Daniel Dias vai acompanhar o megaevento apenas como expectador, mas não terá de se preocupar com sua condição de recordista de pódios do país.

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Na lista, logo atrás de Dias, estão André Brasil e Clodoaldo Silva, ambos com 14 pódios. Eles também não estarão na capital sa.

Por outro lado, alguns nomes podem tentar entrar no top 5 ou top 10 da história brasileira. É o caso da nadadora Carol Santiago, de 39 anos. Ela ganhou cinco medalhas em Tóquio-2020 e competirá em sete provas nos Jogos de Paris.

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“Para ser muito sincera, eu não penso nisso. Na verdade, eu nunca tinha pensado nisso até receber essa pergunta. Eu tenho um compromisso muito grande com o nosso programa. Esse compromisso de, toda vez que eu subir num bloco de piscina, eu entregar tudo ali naquela prova”, diz a atleta.

Para ela, não importa se é uma tomada de tempo ou uma competição. Ela só pensa em dar o seu melhor quando está em uma disputa. “Isso é o que está na minha cabeça. Se eu chegar lá e meus resultados foram suficientes para trazer um monte de medalhas, ótimo, foi perfeito. Mas, se eu chegar lá e meus resultados foram meus melhores resultados e não forem suficientes, eu vou estar muito satisfeita com o programa da mesma forma”, afirma.

Os Jogos Paralímpicos começam nesta quarta-feira (28), e o Brasil terá 255 representantes, a maior delegação entre as edições realizadas fora do país -fica atrás apenas da Rio-2016, com 278-, superando os 235 de Tóquio-2020.

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“É claro que a gente quer as medalhas, mas a gente não tem controle sobre isso, então isso realmente não é algo que eu penso, mas, se acontecer, com certeza eu vou ficar muito feliz e muito honrada de poder ter esse feito para o Brasil, de conquistar tantas medalhas e por isso estar ali no top dos melhores atletas paralímpicos do Brasil”, complementou a nadadora, que compete na categoria S12 (deficiência visual).

Na delegação brasileira atual, Phelipe Rodrigues, 34, também da natação, é o mais laureado: ele tem oito medalhas, mas compete em apenas duas provas nesses Jogos. Felipe Gomes, 38, do atletismo, tem seis medalhas e também compete em duas provas.

“A gente sempre espera o melhor para uma competição desse nível. Eu treinei bastante, estou muito focado. Foi um ciclo menor do que estamos acostumados, mas a minha preparação foi até hoje a melhor que eu já tive até então”, diz ele. “Espero que eu consiga nadar o meu melhor e representar o Brasil da melhor forma. Eu fico feliz de ser um dos maiores medalhistas do Brasil. Ainda mais quando a gente fala em quase 20 anos de carreira, que é muita coisa”, acrescenta.

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Outro paratleta que pode escalar na lista de medalhistas é Gabriel Araújo, o Gabrielzinho, que compete na categoria S2 (limitações físico-motoras). Aos 22 anos, ele conquistou três medalhas nos Jogos de Tóquio-2020, sendo duas de ouro e uma de prata, e participará de cinco provas em Paris.

“Isso para mim é mais uma estatística. Eu nem sabia disso [que poderia entrar no grupo de maiores medalhistas], mas fico feliz pelo que os resultados estão aparecendo graças a todo o trabalho que eu venho fazendo. Eu não me apego muito a isso, acho que com certeza são bons números, mas não é uma meta para agora. Fico feliz em estar no meio de grandes nomes”, afirma Gabrielzinho.

A primeira participação do Brasil na história dos Jogos Paralímpicos ocorreu em Heidelberg, na então Alemanha Ocidental, em 1972. No entanto, a primeira medalha do país foi conquistada quatro anos depois, nos Jogos de Toronto 1976, no Canadá. A dupla formada por Robson Sampaio de Almeida e Luiz Carlos da Costa ganhou a medalha de prata na modalidade Lawn Bowls, semelhante à bocha e praticada em campo gramado.

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Até Tóquio 2020, os atletas brasileiros acumularam um total de 373 medalhas, sendo 109 de ouro, 132 de prata e 132 de bronze. As modalidades que garantiram mais pódios para o país foram atletismo (170 medalhas – 48 ouros, 70 pratas e 52 bronzes), natação (125 medalhas – 40 ouros, 39 pratas e 46 bronzes) e judô (25 medalhas – cinco ouros, nove pratas e 11 bronzes).

Daniel Dias competiu em somente quatro edições dos Jogos Olímpicos: Pequim-2008 (9 medalhas); Londres-2012 (6 medalhas), Rio-2016 (9 medalhas) e Tóquio-2020: (3 medalhas). Dominante na categoria S5 da natação, ele nasceu com uma má formação dos membros inferiores e superiores. Ele começou a carreira em 2004 e se despediu das piscinas em 2021.

O ranking de medalhistas do Brasil

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Daniel Dias: 27 André Brasil: 14 Clodoaldo Silva: 14 Adria Rocha: 13 Luiz Cláudio: 9 Odair Santos: 9 Adriano Lima: 8 Terezinha Guilhermina: 8 Phelipe Rodrigues: 8 Antônio Tenório: 6 Felipe Gomes: 6 Luís Silva: 6 Miracema Ferraz: 6 Yohansson Nascimento: 6

*compete em Paris-2024.

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