Carregando anúncio...
Não foi possível carregar o anúncio
VENEZUELA

Justiça da Venezuela ordena nova eleição e veta oposicionista em estado de Chávez

Projeções oficiais davam vitória a crítico do regime

A Justiça venezuelana mandou nesta terça-feira (30) cancelar a apuração de votos para a escolha do governador de Barinas e excluiu o candidato da oposição do novo pleito a ser convocado. O estado, onde nasceu o ditador Hugo Chávez, é o único do país em que o resultado da eleição do último dia 21 ainda não foi divulgado.

Carregando anúncio...
Não foi possível carregar o anúncio

Até agora, aliados do regime já confirmaram vitória em 19 estados, em um pleito que marcou a volta de parte da oposição às disputas —o que não ocorria desde as Legislativas de 2015, reconhecidas como a última eleição legítima do país.

Segundo a decisão do Tribunal Supremo de Justiça, ligado ao ditador Nicolás Maduro, as projeções do Conselho Nacional Eleitoral davam ao candidato opositor, Freddy Superlano, 37,6% dos votos, contra 37,2% de Argenis Chávez, irmão do ditador que comandou o regime de 1999 a 2013.

Carregando anúncio...
Não foi possível carregar o anúncio

O tribunal, no entanto, apontou a inelegibilidade de Superlano, que é alvo de acusações de corrupção, conforme decisão de agosto da Controladoria venezuelana. O candidato já vinha reivindicando sua vitória no estado, de cerca de 970 mil habitantes.

Superlano ainda foi considerado “inabilitado ao exercício de qualquer cargo público por averiguações istrativas e penais”. O recurso apresentado ao tribunal foi elaborado pelo parlamentar Adolfo Superlano, que não tem vínculos familiares com o opositor, apesar do sobrenome.

Estado de Chávez na Venezulela teve novas eleições

Com isso, uma nova eleição foi marcada para o dia 9 de janeiro. Barinas é governada por familiares de Chávez desde 1998, com a eleição de seu pai, Hugo de los Reyes Chávez. Ele ocupou o poder até 2008, sendo seguido por Adán, um dos irmãos do ditador, hoje embaixador da Venezuela em Cuba. Desde 2017, Argenis é o chefe do Executivo regional.

Carregando anúncio...
Não foi possível carregar o anúncio

O opositor qualificou a decisão como “mais uma demonstração de pouca vontade para reconstruir uma rota eleitoral como saída para a crise política, social e econômica” do país.

o pleito deste ano o mais equilibrado dos anos do regime chavista. Os delegados, porém, apontaram problemas, destacando a proibição de algumas candidaturas da oposição e relatos de dificuldade de votar por parte de alguns eleitores.

De acordo com a chefe da missão de observadores, a eurodeputada portuguesa Isabel Santos, “houve proibições arbitrárias de candidatos por motivos istrativos”, além de suspensão ou exclusão dos “líderes ou membros de alguns partidos mais reconhecidos”.

Carregando anúncio...
Não foi possível carregar o anúncio

Santos afirmou ainda que o relatório inicial aponta sites alternativos bloqueados em pelo menos 16 dos 23 estados venezuelanos e atrasos registrados em seções eleitorais.

Inicialmente, Maduro elogiou o grupo, dizendo que eles “se comportaram à altura”. Nesta segunda (30), porém, chamou os observadores europeus de “espiões”.

“Eles procuraram manchar o processo eleitoral [em um relatório] e não conseguiram. Uma delegação de espiões, que não eram observadores, vagou livremente pelo país, espionando a vida social, econômica e política do país”, disse o ditador, durante uma transmissão na televisão estatal.

Carregando anúncio...
Não foi possível carregar o anúncio

No discurso, Maduro ainda chamou o processo eleitoral de “impecável” e “lindo”.

Embora o partido no poder tenha obtido a maioria dos governos, os votos para os socialistas diminuíram para menos de 4 milhões, de acordo com as estatísticas da autoridade eleitoral do país, ante 5,9 milhões dados nas eleições regionais em 2017.

O pleito teve alta taxa de abstenção (58,2%), a segunda maior desde 2013.

Carregando anúncio...
Não foi possível carregar o anúncio
Carregando anúncio...
Não foi possível carregar o anúncio