Carregando anúncio...
Não foi possível carregar o anúncio
ESTADOS UNIDOS

Justiça derruba ordem de Trump que barra pessoas trans nas Forças Armadas

Decreto de Trump é derrubado por juiz federal sob argumento de que medida era inconstitucional

(Folhapress) A Justiça dos Estados Unidos bloqueou nesta terça-feira (18) o governo Trump de proibir pessoas transgênero de servirem nas Forças Armadas do país.

Carregando anúncio...
Não foi possível carregar o anúncio

Decisão liminar (temporária) da juíza federal de primeira instância Ana Reyes permite que militares trans continuem servindo nas Forças Armadas, sob regras estabelecidas durante a gestão de Joe Biden, até que o processo contra a proibição posta em prática pelo governo republicano seja concluído.

“A proibição, em essência, invoca uma linguagem depreciativa para atingir um grupo vulnerável em violação da Quinta Emenda [da Constituição]”, escreveu a juíza, em mais uma de uma série de decisões judiciais que barra decretos de Trump sob o argumento de que a medida do Executivo viola a Carta do país.

Carregando anúncio...
Não foi possível carregar o anúncio

Nesta semana, o republicano foi barrado ao menos outras duas vezes em casos caros à sua base eleitoral. Juízes federais de primeira instância bloquearam voos de deportação de venezuelanos a El Salvador —embora o governo federal tenha realizado os voos, em desafio à Justiça— e a continuidade do desmantelamento da Usaid, a agência americana de ajuda externa.

De acordo com o Departamento de Defesa, cerca de 4.200 membros atuais do serviço militar, equivalente a cerca de 0,2% da Forças, são transgênero. Entre essas pessoas estão pilotos, oficiais superiores, técnicos nucleares e membros das forças especiais, assim como soldados, marinheiros, aviadores e fuzileiros navais.

Em janeiro, Trump assinou decreto cujo texto dizia que militares trans haviam incutido nas Forças Armadas uma “ideologia de gênero radical” e que a “adoção de uma identidade de gênero inconsistente com o sexo de um indivíduo conflita com o compromisso de um soldado com um estilo de vida honrado, verdadeiro e disciplinado, mesmo em sua vida pessoal.”

Carregando anúncio...
Não foi possível carregar o anúncio

Em fevereiro, o Departamento de Defesa emitiu novas políticas que incluíam a mesma linguagem do decreto presidencial e afirmavam que todos militares trans, independentemente de mérito, seriam obrigado a sair das Forças.

Vários membros do serviço militar processaram imediatamente o governo, dizendo que a política equivalia a discriminação ilegal e uma violação de seu direito constitucional à proteção igualitária sob a lei.

As Forças ainda estão finalizando os planos para colocar a proibição presidencial em prática e ainda não obrigaram a saída de nenhum militar trans, embora tenham encorajado que essas pessoas deixem voluntariamente o trabalho e até oferecido pagamentos para incentivar essa decisão. A Marinha estabeleceu um prazo de 28 de março para que marinheiros trans solicitem demissão voluntária.

Carregando anúncio...
Não foi possível carregar o anúncio

Nas seis semanas desde que o decreto de Trump foi assinado, militares dizem que foram forçados a usar os pronomes e a se conformar aos padrões de aparência de seu sexo de nascimento, tiveram cuidados médicos negados, foram preteridos para promoções de patente e colocados em licença istrativa.

Carregando anúncio...
Não foi possível carregar o anúncio