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GUERRA

Rússia diz que doações de armas da Otan à Ucrânia é ‘teste à paciência’

Governo em Kiev reconhece que considera legítimos alvos militares além de sua fronteira, enquanto tensões se acumulam

O governo da Rússia reiterou nesta quinta-feira que o fornecimento de armas pesadas à Ucrânia por países ocidentais ameaça a segurança na Europa. O país também disse que ataques dentro de território russo “testam sua paciência”. Também nesta quinta-feira, a Otan disse estar pronta para apoiar Kiev por anos na guerra contra a Rússia.

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A porta-voz da Chancelaria russa, Maria Zakharova, acusou países ocidentais de incentivarem a Ucrânia a atacar alvos em território russo:

— Tais agressões contra a Rússia não podem ficar sem resposta. Mais provocações que levem a Ucrânia a atacar as instalações russas serão recebidas com uma resposta dura da Rússia. Não aconselhamos a continuarem testando nossa paciência.

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Já o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, disse que o fornecimento de armas à Ucrânia pelo Ocidente ameaça a segurança na Europa.

— A tendência de encher a Ucrânia e outros países de armas são ações que ameaçam a segurança do continente e causam instabilidade — disse Peskov em sua entrevista coletiva diária.

O fornecimento de armas e ataques a alvos como paióis e depósitos militares de combustível em território russo, perto da fronteira, crescentemente são pontos de tensão na guerra.

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A Rússia já alertou anteriormente que consideraria as armas fornecidas pelo Ocidente à Ucrânia como “alvos legítimos” de suas Forças Armadas.

O principal temor é de que, em algum momento, a Rússia decida atacar cadeias de fornecimento de armas em território fora da Ucrânia, como na Polônia. Isto significaria um ataque contra um membro Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e representaria uma evolução significativa do conflito.

Na quarta-feira, o presidente russo, Vladimir Putin, emitiu um novo alerta, com uma ameaça nuclear subentendida, durante uma fala no Parlamento em São Petersburgo:

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— Se alguém decidir se intrometer em eventos em andamento e criar ameaças estratégicas inaceitáveis para a Rússia, deve saber que nossa resposta será rápida como um raio — afirmou o presidente russo. — Temos todos os instrumentos para isso, dos quais ninguém mais pode se gabar. E nós os usaremos, se preciso for. Quero que todos saibam: tomamos todas as decisões sobre essa questão.

O assessor presidencial ucraniano Mykhailo Podolyak — que lidera a delegação responsável por negociações diplomáticas com a Rússia — defendeu o direito da Ucrânia de atacar alvos militares dentro da Rússia, alegando legítima defesa. “A Rússia ataca a Ucrânia e mata civis. A Ucrânia se defenderá por todos os meios, inclusive com ataques contra depósitos e bases dos assassinos russos. O mundo reconhece esse direito”, escreveu em uma rede social.

O secretário de Defesa britânico, Ben Wallace, disse nesta quinta-feira considerar legítimo que as forças ucranianas atacassem a logística russa para prejudicar seu suprimento de alimentos, combustível e munição.

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— Parte da defesa nesse tipo de invasão é, obviamente para a Ucrânia, ir atrás das linhas de abastecimento do Exército russo. Porque sem combustível, comida e munição, o Exército russo para e não consegue mais continuar sua invasão — disse Wallace. — Se a Ucrânia optar por mirar na infraestrutura logística para o Exército russo, isso seria legítimo sob a lei internacional.

As tensões entre o Reino Unido e a Rússia aumentaram nesta semana, após Moscou acusar Londres de provocar a Ucrânia a atacar alvos dentro da Rússia, dizendo que haveria uma “resposta proporcional” imediata se isto continuasse.

Wallace disse que o Reino Unido enviou artilharia para a Ucrânia que era usada dentro da Ucrânia contra as forças russas, mas acrescentou que não havia o envio, sendo improvável fazer isso no futuro, de armas que pudessem ser usadas para ataques de longo alcance.

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Ele disse que não ficou claro se os ataques registrados na Rússia nas últimas semanas vieram do Estado ucraniano e acrescentou que a Ucrânia não possuía armas britânicas que pudessem fazer isso.

Wallace também negou que a Otan esteja envolvida em uma guerra por procuração com a Rússia, mas disse que o Ocidente fornecerá apoio crescente à Ucrânia se os ataques russos continuarem.

— Às vezes, isso inclui aviões e tanques — disse à Times Radio.

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A Rússia criticou várias vezes o apoio militar do Ocidente à Ucrânia, acusando os países de quererem prolongar o conflito para enfraquecer Moscou.O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, falou abertamente na ambição de enfraquecer o Exército russo nesta semana.

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