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BRASÍLIA

Aras se irrita com operação contra empresários suspeitos de defender golpe

Sem ser ouvida previamente, PGR foi intimada da decisão a menos de 24 horas da ação policial

procurador-geral da República, Augusto Aras, demonstrou irritação com a operação contra empresários bolsonaristas deflagrada nesta terça-feira (23) pela Polícia Federal e autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).

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Segundo relatos, o procurador-geral avalia que o gesto de Moraes, que também é presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), pode implodir os esforços de atores do Executivo e do Judiciário em busca de um acordo de harmonia que faça Jair Bolsonaro (PL) cessar declarações golpistas e contra as cortes.

Aliados de Bolsonaro trabalham para construir um acordo com Moraes no qual o ministro faria uma concessão e atenderia a um dos pedidos das Forças Armadas relacionadas às urnas eletrônicas e, em contrapartida, o presidente pararia de questionar o processo eleitoral.

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Aras indicou em conversas ter ficado indignado com o fato de a PGR (Procuradoria Geral da República) só ter sido intimada para acompanhar as ações contra os apoiadores de Bolsonaro na véspera da operação, com pouca margem para opinar a respeito das diligências que haviam sido autorizadas por Moraes.

Não foi a primeira vez em que o chefe do Ministério Público Federal demonstrou nos bastidores indignação com atos do ministro do Supremo.

No ano ado, por exemplo, Moraes autorizou uma ação policial contra o então titular do Ministério do Meio Ambiente, Ricardo Salles, sem ouvir a PGR.

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Outro episódio foi relativo ao inquérito dos atos antidemocráticos. A Procuradoria opinou pelo arquivamento da apuração quanto aos aliados de Bolsonaro com foro no Supremo.

Moraes arquivou o inquérito, mas, concomitantemente, determinou a abertura de um novo (milícias digitais) para dar prosseguimento às investigações.

A PF cumpriu na manhã desta terça mandados de busca contra oito empresários que em um grupo de mensagens defenderam um golpe de Estado caso o ex-presidente Lula (PT) vença Bolsonaro nas eleições presidenciais. As conversas foram reveladas pelo site Metrópoles.

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As buscas se basearam em pedido da Polícia Federal, no âmbito do inquérito das milícias digitais. A investigação mira uma suposta organização criminosa responsável pela disseminação de fake news e ataque às instituições.

O ministro ainda autorizou o bloqueio de contas nas redes sociais e quebras de sigilos bancário e telemático dos alvos. Os mandados foram cumpridos por agentes da PF no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará.

Em uma das mensagens reveladas pelo portal Metrópoles, o empresário José Koury diz preferir um golpe à volta do PT e que “ninguém vai deixar de fazer negócios com o Brasil” caso o país vire uma ditadura.

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André Tissot, do grupo Sierra, em outra postagem disse que “o golpe teria que ter acontecido nos primeiros dias de governo. “[Em] 2019 teríamos ganhado outros dez anos a mais”, publicou”, afirmou.

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