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BRASÍLIA

Damares pede investigação sobre gravação de 2018 em que líder do MBL cita estupro

Renan Santos afirma que ato foi brincadeira entre amigos e diz que processará ministra

Damares cria grupo para discutir classificação na TV, mas já existe um, inativo
Damares cria grupo para discutir classificação na TV, mas já existe um, inativo (Marcello Casal Jr. - Agência Brasil)

A ministra Damares Alves (Direitos Humanos) afirma ter pedido que a Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos atue com relação a um vídeo em que o coordenador nacional do MBL (Movimento Brasil Livre), Renan Santos, diz que uma amiga poderá ser estuprada.

O vídeo foi divulgado em redes sociais bolsonaristas neste domingo (12), mesmo dia em que o MBL organizou um ato pelo impeachment do presidente Jair Bolsonaro na avenida Paulista.

Segudo Santos, a filmagem é de novembro de 2018 e refere-se a uma brincadeira entre amigos, que estavam alcoolizados. O coordenador do MBL afirmou que vai processar Damares.

“Estupro não é brincadeira! Já pedi atuação da Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos! Inissível isto! Não vamos permitir que estes jovens que se dizem tão politizados façam uma ‘brincadeira’ desta!”, escreveu a ministra numa rede social, no final de domingo, poucas horas após o vídeo ter começado a circular entre apoiadores do presidente. Ela acrescentou que pediria ao Ministério Público que investigue a autenticidade da gravação.

No filme, de 44 segundos, Renan dirige-se a amigos e diz algumas palavras depois repetidas em coro. Ele afirma que o grupo irá a um bar, o que teria sido negociado pela ativista Bárbara Tonelli.

“Se não formos permitidos de entrar, a Bárbara será estuprada”, diz Renan, no que é aplaudido.

Em nota conjunta, Renan e Bárbara afirmam que o vídeo foi retirado de contexto e mostra “a confraternização de amigos”. “Na ocasião, consumiam bebidas alcoólicas e e faziam brincadeiras e piadas entre si”, dizem.