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Política

Deputado do PL que desejou morte de Lula pede desculpas: “reconheço que exagerei”

Segundo a Advocacia-Geral da União, as manifestações do deputado podem ter excedido os limites da imunidade parlamentar

Imagem do deputado Gilvan da Federal
Deputado que desejou morte de Lula pede desculpas, "reconheço que exagerei na minha fala" (Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados)

O deputado Gilvan da Federal (PL-ES) disse, nesta quarta-feira (9), que exagerou em sua fala ao desejar a morte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A fala ocorreu durante sessão na Comissão de Segurança Pública da Câmara Federal, realizada na terça-feira (08/04).

“Eu aprendi com o meu pai que um homem deve reconhecer os seus erros. Não desejo a morte de qualquer pessoa, mas continuo entendendo que Lula deveria pagar pelos seus crimes, deveria estar preso, e por tudo que ele fez de mal ao nosso país. Mas reconheço que exagerei na minha fala. Peço desculpas”, disse o deputado federal no plenário da Câmara.

No dia anterior, Gilvan da Federal disse explicitamente querer que o presidente morra. “Quero que ele vá para o quinto dos infernos, é um direito meu. Não quer dizer que vou matar o cara. Mas eu quero que ele morra, que vá para o quinto dos infernos. Porque nem o diabo quer o Lula, por isso que ele tá aí, superou um câncer… tomara que tenha um ataque cardíaco”. A declaração ocorreu durante sessão que discutia um projeto de lei que propõe desarmar a segurança pessoal do presidente.

Declaração de deputado pode configurar incitação ao crime e ameaça

A Advocacia-Geral da União acionou a Polícia Federal e a Procuradoria-Geral da República para investigar o ocorrido, pois as falas podem configurar os crimes de incitação ao crime e ameaça. Segundo o órgão, as manifestações do deputado podem ter excedido os limites da imunidade parlamentar.

Gilvan da Federal é relator do texto na Comissão de Segurança. A proposta de desarmar a segurança pessoal do presidente foi apresentada pelo deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP), e aprovada quarta-feira, mas ainda precisa ar por outras duas comissões na Câmara antes de ir para análise do Senado.

Em 2021, quando ainda era vereador, Gilvan chamou a deputada estadual Camila Valadão (PSOL-ES), que também era vereadora na época, de “satanista”, “assassina de bebês” e “assassina de crianças” durante uma sessão da Câmara Municipal. Ele foi condenado pela Justiça Eleitoral por violência política de gênero em março deste ano.

*Com informações do portal UOL