Nana Caymmi, uma das maiores cantoras do Brasil, morre aos 84 anos
Nana estava internada desde julho do ano ado para tratar uma doença cardíaca

A artista Nana Caymmi, uma das maiores cantoras do Brasil, morreu nesta quinta-feira (1ª/05) aos 84 anos, no Rio de Janeiro. Ela estava internada na Casa de Saúde São José, no Humaitá, desde julho do ano ado para tratar uma doença cardíaca.
O hospital divulgou que a morte da cantora foi devido a uma disfunção de múltiplos órgãos. A artista fez aniversário dois dias antes de falecer.
“O Brasil perde uma grande cantora, uma das maiores intérpretes que o Brasil já viu, de sentimento, de tudo. Estamos todos realmente muito tristes, mas ela ou nove meses de sofrimento intenso dentro de hospital” disse o irmão da cantora, Danilo Caymmi.
Sobre Nana Caymmi
Nascida em abril de 1941 e filha do compositor Dorival Caymmi e da cantora Stella Maris, Nana seguiu os os da família e construiu uma das carreiras mais bem-sucedidas da música popular brasileira.
Seu primeiro trabalho foi em 1960, quando gravou “Acalanto”, para um LP do pai. No mesmo ano, ela assinou com a TV Tupi e ou a se apresentar no programa “Sucessos Musicais”. A artista também se apresentou ao lado do irmão Dori no programa “A Canção de Nana”.
Venceu a fase nacional do 1º Festival Internacional da Canção, no Rio de Janeiro, com a música “Saveiros” (Dori Caymmi e Nelson Motta). Nana também foi indicada ao Grammy Latino de Melhor Álbum de Música Popular Brasileira com o disco “Nana Caymmi Canta Tito Madi”, em 2019. Dois anos depois, a artista recebeu uma nova indicação para a mesma premiação, mas na categoria Álbum do Ano com o projeto “Nana, Tom, Vinícius”.
Ela gravou mais de 25 álbuns ao longo da carreira, a exemplo de “Renascer” (1976), “Mudança dos Ventos” (1980), “A Noite do Meu Bem” (1994), “Resposta ao Tempo” (1998), “Para Caymmi: de Nana, Dori e Danilo” (2004), “Sem Poupar Coração” (2009) e “Nana, Tom, Vinicius” (2020).
Polêmicas
Em 2019, a artista se envolveu em polêmicas ao jornal Folha de S.Paulo, quando lançou o álbum “Nana Caymmi Canta Tito Madi”. À época, ela disse que estava fazendo uma despedida “sem ir embora”.
“Saída à sa. A vida que me resta, de uma senhora, quero viver em paz. Acordei pro mundo: não tenho muito tempo. Quero ouvir o que eu não podia ouvir. Criei três filhos sozinha. O pai ficou na Venezuela, fez outra família.”
A Cantora também defendeu e votou em Jair Bolsonaro no segundo turno da eleição de 2018. “É injusto não dar a esse homem um crédito de confiança. Um homem que estava fodido, esfaqueado, correndo pra fazer um ministério, sem noção da mutreta toda… Só de tirar PMDB e PT já é uma garantia de que a vida vai melhorar.”
Nana citou colegas da música. “Agora vêm dizer que os militares vão tomar conta? Isso é conversa de comunista. Gil, Caetano, Chico Buarque. Tudo chupador de pa* de Lula. Então, vão pro Paraná fazer companhia a ele. Eu não me importo.”
*Com informações do portal UOL e G1