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VISITA

“Vão chorar até quando?”, diz Bolsonaro em Goiás sobre a pandemia

Presidente visita São Simão e alerta para impacto das medidas de restrição na economia

“Vão ficar chorando até quando?”, questiona Bolsonaro em evento em Goiás
“Vão ficar chorando até quando?”, questiona Bolsonaro em evento em Goiás (Foto: Reprodução)

“Chega de frescura e de mimimi, vão ficar chorando até quando?”, disse o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) a produtores rurais, na manhã desta quinta-feira (4), durante inauguração de 172 km do trecho entre Estrela D’Oeste e São Simão – o evento ocorrido neste segundo -, quando criticava a política do “fique em casa”. Na quarta-feira (3), o Brasil registrou 1.910 mortes pela Covid-19, o maior número desde o começo da pandemia.

“Vocês não ficaram em casa, não se acovardaram. Temos que enfrentar os nossos problemas”, completou aos produtores que prestigiaram a solenidade. Esta foi a 15a visita do presidente ao Estado de Goiás, desde que assumiu. Desta vez, a solenidade não contou com a presença do governador Ronaldo Caiado (DEM), que teve febre no começo da semana e foi representado pelo vice, Lincoln Tejota (Cidadania).

Na ocasião, ele também pediu que governadores e prefeitos vão ao meio do povo e deixem ele trabalhar. Segundo Bolsonaro, ele foi “castrado” e, por isso, apelou aos gestores para que não mantenham a política do “fique em casa”.

“Se ficarmos em casa o tempo todo, dizendo que a economia vemos depois – e uma parte disso já estamos vendo – qual vai ser o futuro do País? O tratamento errado da Covid-19 é mais danos que o próprio vírus.” Na ocasião, ele também defendeu que atividade essencial é toda aquele necessária para o chefe de família.

Bolsonaro reforçou, ainda, que sempre quis cuidar do vírus e do desemprego. “Dois problemas que temos que tratar da mesma forma. Lamento as mortes, vou dizer antes que a imprensa diga que eu não ligo para o vírus.”

Inauguração

O evento foi realizado no terminal localizado no Parque Industrial de São Simão, com presenças do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, e de representantes da Rumo, concessionária que gere essa parte da linha férrea.

O trecho da Ferrovia Norte-Sul é operado pela Rumo, que arrematou, em março de 2019, os tramos Central e Sul. Com duração de 30 anos, o contrato compreende 1.537 quilômetros entre Porto Nacional (TO) e Estrela D’Oeste (SP), que estarão 100% operacionais até o fim de julho de 2021.

O terminal teve custo de construção de mais de R$ 80 milhões e poderá movimentar mais de 5,5 milhões de toneladas por ano de soja, milho e farelo de soja, o que equivale a 80 mil caminhões, anualmente.

A capacidade estática do espaço é de 42 mil toneladas, dividida em seis silos, descarga rodoviária de 850 toneladas/hora (20 mil toneladas/dia) e carregamento ferroviário de 3 mil toneladas/hora. As obras tiveram início em agosto de 2020 e já estão concluídas.