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Racha

STJ: Acusados de atropelar e matar PM em Goiás irão a júri popular

Policial foi morto durante abordagem. Ele teria sido atingido por praticantes de racha

Policial cabo Luciano Alves Rabelo 35 anos
Policial militar foi atropelado durante patrulhamento na rodovia entre Cabeceira e Lagoinhas (Foto: reprodução/redes sociais)

Os dois acusados de atropelar e matar um policial militar (PM) em Goiás durante suposto racha irão a júri popular. A decisão é do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que acolheu recurso do Ministério Público de Goiás (MPGO) e restabeleceu a pronúncia de Dhiego Bruno de Jesus da Silva e Quirino Ferreira Neto. O PM Luciano Alves Rabelo morreu em setembro de 2012.

Com a decisão, ambos deverão enfrentar julgamento por homicídio doloso, com intenção de matar, após o Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) ter, inicialmente, desclassificado o crime.

O incidente ocorreu em uma rodovia entre Cabeceira e o povoado de Lagoinhas, onde o policial Luciano Rabelo e outros agentes realizavam reforço no patrulhamento no km 42 da GO-346. Ao se aproximarem de um carro suspeito parado na via, o policial foi atropelado por um veículo em alta velocidade, que o arremessou a cerca de 100 metros.

Segundo o MPGO, o atropelamento teria sido causado por um suposto racha entre os acusados, que teriam fugido sem prestar socorro, descumprindo o artigo 305 do Código de Trânsito Brasileiro.

A promotora de Justiça Caroline Ianhez, responsável pela acusação desde 2013, argumenta que os dois motoristas haviam consumido álcool antes do incidente e fugiram para evitar penalidades. Quirino teria confessado o atropelamento, alegando temer a abordagem da Rotam, enquanto investigações apontam que ele e Dhiego se comunicaram por telefone logo após o ocorrido, reforçando a hipótese de que estavam realizando racha.

Inicialmente, o TJGO aceitou o recurso da defesa que desqualificou o crime de homicídio, alegando falta de provas contundentes sobre o suposto racha e o consumo de álcool. Contudo, com a decisão do STJ, a pronúncia de homicídio doloso foi restabelecida, garantindo que o caso seja levado a julgamento popular.