.wp-block-co-authors-plus-coauthors.is-layout-flow [class*=wp-block-co-authors-plus]{display:inline}
TRADIÇÃO

Filhos de Serginho assumem restaurante em Goiânia e prometem honrar legado do pai

Viúvo, empresário deixa três filhos e cinco netos

Sérgio Lino e os filhos (Foto: Reprodução)
Sérgio Lino e os filhos (Foto: Reprodução)

O empresário Sérgio Lino, dono do restaurante Carne de Sol do Serginho, morreu na sexta-feira (16), aos 66 anos, devido a complicações de saúde. Ele ficou internado durante nove dias na UTI, vítima de um infarto, seguido por uma infecção por influenza e um edema agudo de pulmão. Viúvo, Serginho deixa três filhos, que vão assumir o estabelecimento e prometem honrar o legado do pai, e cinco netos.

O velório foi realizado na noite de sexta-feira, no Cemitério Jardim das Palmeiras, em Goiânia, e o sepultamento acontece neste sábado (17), às 14h, no mesmo local. Sua morte abalou clientes, amigos e familiares, que relembram não apenas o sucesso do seu restaurante, mas também sua personalidade marcante e seu coração generoso.

Em entrevista ao Mais Goiás, os filhos de Serginho, Sabrina Lino e Sérgio Lino Júnior, relataram que o pai era conhecido por ajudar o próximo. Segundo a família, ele gostava de estar à frente do bar e mantinha contato direto com os clientes. “Era uma farra. Alguns diziam que ele era mal-humorado, mas voltavam sempre”, explicaram.

Nos últimos anos, Serginho havia reformado o espaço e iniciava uma transição de gestão com o apoio dos filhos. Os mais velhos, Sabrina e Sérgio Júnior, já estavam à frente da istração e afirmam que manterão o legado do pai. “A carne de sol vai continuar com a mesma qualidade. É nosso compromisso com a história dele”, disseram ao Mais Goiás.

Funcionários que estiveram ao lado de Serginho por anos destacaram a preocupação dele com todos à sua volta. “Ele ajudava dentro e fora do bar. Muitos abriram seus próprios negócios com o apoio dele. Era generoso como poucos”, relatou um dos colaboradores.

Serginho era fanático pelo Atlético Goianiense e fazia questão de exibir símbolos do clube no restaurante. Também cultivava profunda iração pela Polícia Militar, e o bar tornou-se ponto de encontro de vários policiais.

O empresário era apaixonado pela cidade de Aruanã, onde ava os finais de semana. Lá, recebia amigos e familiares em sua casa. “Ele fazia questão de não deixar faltar nada e promovia grandes festas durante a temporada do rio. Aruanã inteira o conhecia”, relatou o filho.

Um amigo próximo, Lucilei Paz, conhecido como China, contou que a história de Serginho começou com ele vendendo bauru na feira. Depois, ou a vender coxinha de frango em um barzinho e decidiu inovar, decidindo trabalhar com carne de sol. Mais tarde, adicionou costela de porco ao cardápio e conquistou uma clientela fiel ao longo dos anos.

A carne de sol, prato que virou marca registrada do local, era elogiada até por quem brincava com o jeito ríspido do proprietário. “Serginho, você é sem educação, mas a sua carne é a melhor”, diziam os clientes.