Júri de acusados da morte de adolescente em Goiatuba é adiado após manobra, diz pai
Pai de vítima afirma que o advogado de um dos acusados deixou a sessão

O tribunal do júri dos acusados pela morte do adolescente Gabriel Enrique Assis Silva, em 27 de setembro de 2023, em Goiatuba, que ocorria nesta terça-feira (13), foi adiado no começo da tarde. Segundo o pai da vítima, o Tenente Marcionil, do Corpo de Bombeiros, por volta das 13h, houve o intervalo. No retorno, momento das falas das defesas, um dos advogados abandonou o plenário e o juiz precisou suspender a sessão. A nova data ainda não foi definida, conforme o bombeiro. “Frustrado com a Justiça”, lamentou.
Sobre o caso, o jovem de 17 anos, à época, teria sido emboscado pelos réus e outros adolescentes, que o mataram com golpes de pedaços de pau e uma barra de ferro. Marcionil disse que o filho “era um garoto de família e caiu numa emboscada. Não vamos descansar até que a Justiça seja feita. Nosso sofrimento é eterno”. Família e amigos participavam do julgamento, que começou às 8h30, para pedir a punição dos acusados.
Em relação à denúncia do Ministério Público de Goiás (MPGO), consta nos autos que, às 21h do dia 27 de setembro de 2023, Gabriel Enrique teria sido emboscado e atacado pelos réus Cauê Felipe Fiais Fernandes e Gabriel Vilela Amorim, e outros adolescentes. Devido à violência e impossibilidade de defesa, a vítima morreu no local, conforme perícia e auto de prisão em flagrante. Desta forma, o MP denunciou a dupla por homicídio qualificado e corrupção de menores.
Segundo o processo, a defesa pediu a nulidade do caso, sob a alegação de que as provas produzidas nos autos eram ilícitas, o que não foi aceito. Em 27 de janeiro de 2024, os dois acusados foram pronunciados pela Justiça, ou seja, enviados ao júri.
O Mais Goiás procurou o Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) para uma posição oficial, mas foi informado que o processo está em segredo de Justiça. O portal não conseguiu contato com a defesa dos réus. Caso haja interesse, o espaço segue aberto.
Gabriel Enrique
Conforme o pai de Gabriel, o filho era um jovem responsável. Ele era estudante do Colégio Militar e trabalhava como menor aprendiz no Supermercado Reis, no centro de Goiatuba. O adolescente também era filho da autônoma Cristiana.