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EQUIDADE

Histórias de representatividade no Dia da Consciência Negra são tema do Mais Goiás.doc

Personagens trazem relatos pessoas de suas lutas para chegarem aonde estão e as expectativas para o futuros de semelhantes

Histórias de representatividade no Dia da Consciência Negra são tema do Mais Goiás.doc
Histórias de representatividade no Dia da Consciência Negra são tema do Mais Goiás.doc (Foto: Fagulha Imagens)

O Mais Goiás.doc dessa semana celebra o Dia da Consciência Negra com histórias de pretos que conseguiram vencer os obstáculos da vida e hoje estão em posições de representatividade aos semelhantes que almejam estar em vários lugares que ainda são compostos pela maioria de pessoas brancas. A data, celebrada neste 20 de novembro, também serve de reflexão de como a sociedade como um todo enxerga as pessoas negras em um meio onde ainda é imperado a discriminação racial e uma falsa ideia de igualdade entre pessoas de cores diferentes.

Janira Sodré desenvolveu um excelente carreira acadêmica e hoje é professora da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás), Universidade Federal de Goiás (UFG) e Instituto Federal de Goiás (IFG). Migrante do Maranhão e filha de um pai agricultor e de uma mãe que quebrava coco babaçu, ela pontua que só chegou a atual posição após contraprovas diárias de que a sua cor não tinha nada a ver com a sua capacidade.

O advogado Jonas Batista também traz relatos de como o racismo esteve e continua presente em sua profissão. “O episódio mais impactante na minha vida foi quando foi acompanhar um cliente no Banco do Brasil e fui barrado na porta giratória por um segurança. O pior foi ver os funcionários e gerente presenciando tudo aqui e não fizeram nada”, relembra.

Mais Goiás.doc: educação é a base de uma sociedade menos racista e mais igualitária

Rosane Ramos Silva, secretária de combate ao racismo da CUT -GO, traz dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) onde os negros configuram 71,9% da totalidade de pessoas que abandono os estudos. O reflexo disso é que 64,4% dos desempregados de longa duração são pretas e pardas.

“O racismo estrutural tem essas vertentes de perversidade. Primeiro de não garantir a permanência e também da necessidade de não encontrar um ensino descente e, com isso, vendo a necessidade de ir para mercado de trabalho cada vez mais cedo para sobreviver.”, pontua Rosane.

A coordenadora do Movimento Negro Unificado, Iêda Leal, destaca que a falta de um educação de qualidade impacta como o negro será visto de julgado no mercado de trabalho. “O mercado de trabalho se comporta de uma maneira muito cruel porque cobra algumas situações que nós, negros, não temos o ainda. o à educação pública de qualidade, onde podemos entrar, permanecer e sair com resultados bacanas.”

A consequência de tudo isso, de acordo com a professora da PUC Goiás e da UFG, Maria Zita Ferreira, é como é um forma de violência velada com os negros. “É mortífera essa situação nossa, em relação aos valores e as diferenças que somos e temos”, destaca.

Todos os personagens afirmam que ainda acreditam em um mundo sem racismo e somente pela educação é possível chegar nele.

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