Médico denunciado por assédio sexual no TJ fala sobre depoimentos e inquérito do MP
Para ele, denúncias são um movimento “orquestrado de servidoras” que tentam promover o “assassinato” de sua reputação. Sandré afirma que provará as “inverdades dos factoides” e que adotará "medidas judiciais cabíveis"
Alvo de denúncias de assédio sexual, moral e de improbidade istrativa por parte de servidoras do Tribunal de Justiça (TJGO), o médico Ricardo Paes Sandré, ex-chefe do Centro de Saúde do referido órgão, decidiu se manifestar, depois que o Mais Goiás publicou matéria em que vítimas declaradas temem seu retorno ao serviço no próximo 19/12. Em nota, ele repudia as práticas a ele atribuídas e considera as denúncias uma “ação orquestrada” de uma minoria de servidoras na tentativa de promover o “assassinato” de sua reputação.
Para ele, as causas são relativas a decisões istrativas tomadas em colegiado e também se referem a “exigências simples” feitas no ambiente laboral. “[Se devem] ao choque de gestão implantado na direção no Serviço de Saúde do TJGO, a exemplo de exigências simples como cumprimento de horário (fiscalizado eletronicamente); desempenho pleno das funções médicas, inclusive em situações de emergência (frequentemente recusadas por médicos) ou gratificações concedidas por critério de mérito e pertinência com as funções”.
De acordo com Sandré, todas as decisões foram tomadas – colegiadamente, reforça – para atender a determinações superiores e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Por isso, ele alega ter se afastado espontaneamente das funções e, por iniciativa própria, pediu a instauração de um Procedimento istrativo Disciplinar (PAD) destinado à sua própria investigação na Corregedoria do TJ.

Sobre o inquérito iniciado pelas denunciantes no Ministério Público, ele afirma jamais ter sido chamado a se manifestar. “[Nunca] me franquearam espaço para que pudesse expor minhas considerações ou exercer minha defesa. Ao contrário, somente através de um mandado de segurança pude ter o aos autos do procedimento destinado às investigações que, até o momento da decisão liminar, foram mantidos em sigilo em meu desfavor”.
Ele ainda sublinha que os depoimentos de servidores estão permeados de “fragilidades nítidas” e “inconformismos”, de forma que uma “série de outras provas e informações inexploradas demostrarão, em curto tempo, a existência “desse verdadeiro assassinato de reputação”. “As difamações, injúrias e até calúnias em meu desfavor tem refletido diretamente na integridade moral da minha família. Por esta razão, tão logo possa vir a me pronunciar na instância istrativa e judicial, provarei a inverdade destes factoides e adotarei medidas judiciais cabíveis”.
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