Suspeita de mandar matar marido por causa de herança é presa em Goiás após comprar fazenda
Após o crime um dos autores teria confirmado a morte para a mandante,“Pronto, está resolvido o seu pedido.”

Uma mulher suspeita de mandar matar o próprio marido para ficar com a herança foi presa na quinta-feira (22), em Montividiu do Norte, no Norte de Goiás. Segundo a Polícia Civil, ela é apontada como a mentora intelectual do homicídio do então companheiro, ocorrido em 2018, na zona rural da cidade. De acordo com as investigações, dois pistoleiros teriam sido contratados por ela para executar o crime. Um deles, inclusive, teria enviado uma mensagem logo após a execução: “Pronto, está resolvido o seu pedido.”
A prisão aconteceu durante a Operação Viúva Negra, realizada em conjunto com a Polícia Civil do Tocantins. Conforme a investigação, a mulher deixou o Brasil logo após o crime e, ao retornar, começou a comprar propriedades rurais em Goiás. O padrão de aquisição de bens, todos em nome próprio, levantou suspeitas de que ela estaria tentando ocultar patrimônio com origem criminosa.
Além dela, outras duas pessoas também foram alvos da operação. Um dos investigados foi preso em Tupirama, no Tocantins, onde a polícia localizou uma espingarda calibre 20 municiada, além de munições e um celular. Como a arma não tinha registro, ele foi autuado em flagrante por posse ilegal de arma de fogo.
O terceiro suspeito já estava preso em Porangatu, por outro crime. Em depoimento, ele teria confessado participação na execução e relatado como o homicídio foi encomendado. Ainda segundo os investigadores, os celulares apreendidos durante a operação vão ar por perícia. A quebra do sigilo dos dados foi autorizada pela Justiça para ajudar a esclarecer as conversas e relações entre os envolvidos.
A decisão judicial que autorizou as prisões destacou o risco de fuga dos suspeitos e a necessidade de proteger o andamento das investigações.