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COLUNA DO DOMINGOS KETELBEY

Vereador de Goiânia sugere atendimento psiquiátrico a quem usar serviço público para cuidar de bebês reborn

texto veda, de forma expressa, o uso de filas preferenciais, vagas de estacionamento, unidades de saúde, creches, escolas e até do transporte coletivo para simulações de cuidado com reborns

Projeto quer proibir bebês reborn no serviço público em Goiânia (Foto: Valter Campanato - Agência Brasil)

O vereador Coronel Urzêda (PL) apresentou nesta terça-feira (20) um projeto de lei que proíbe o uso de estruturas, serviços ou qualquer tipo de benefício público municipal para atividades envolvendo objetos inanimados, como os populares “bebês reborn”. Mais do que isso: durante a apresentação, o parlamentar chegou a sugerir tratamento psiquiátrico para quem recorrer aos serviços públicos com os bonecos nos braços.

A proposta segue a mesma linha da apresentada na semana ada em Aparecida de Goiânia pelo vereador Dieyme Vasconcelos, também do PL. O texto veda, de forma expressa, o uso de filas preferenciais, vagas de estacionamento, unidades de saúde, creches, escolas e até do transporte coletivo para simulações de cuidado com reborns.

“Situações desse tipo, embora pareçam absurdas, já vêm sendo registradas”, argumenta o projeto, que defende o uso racional da máquina pública e o foco no atendimento a cidadãos reais, especialmente os mais vulneráveis. Enfático, Urzêda criticou o uso dos serviços públicos para fins que envolvam os bonecos e afirmou que seus “proprietários” deveriam ser encaminhados a atendimento psicológico.

“Essas pessoas, proprietárias desses bebês, não vou nem falar pais, têm que ter sim prioridade em atendimento psiquiátrico e psicológico. Isso é um absurdo. Pessoas utilizarem do nosso serviço, que já é caótico, enquanto outras realmente precisam”, declarou. “Que no município de Goiânia não haja isso aí”, completou.

O vice-presidente da Câmara Municipal, vereador Anselmo Pereira (MDB), também se manifestou e endossou a proposta. “Eu vou pedir para refazer o Adauto Botelho. Todo o pessoal que pedir tratamento para esses emborrachados, a gente coloca numa camisa de força e revive o Adauto Botelho e coloca eles lá dentro”, ironizou, em referência ao antigo hospital psiquiátrico de Goiânia, demolido em 1997.

A proposta em Goiânia espelha a medida já protocolada em Aparecida, onde o projeto também prevê multa para quem descumprir as regras e proíbe o envolvimento de servidores públicos em simulações de cuidado com bonecos durante o expediente.