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SÉRIE

Netflix estreia série sobre acidente no aeroporto de Congonhas que matou 199 pessoas

Série remonta acidente com o voo 3054 da TAM em 18 de julho de 2007

Netflix estreia série sobre acidente no aeroporto de Congonhas que matou 199 pessoas
Congonhas Tragédia Anunciada (Foto: Reprodução)

A Netflix lançou na última quarta-feira (23) a minissérie documental Congonhas – Tragédia Anunciada, que revive o maior desastre aéreo da história do Brasil. Com direção de Angelo Defanti, a produção é dividida em três episódios e investiga o acidente ocorrido na noite chuvosa de 18 de julho de 2007 com o voo 3054 da TAM. A aeronave não conseguiu frear ao pousar na pista molhada do aeroporto de Congonhas, em São Paulo, e se chocou contra um prédio da própria companhia, causando a morte de 199 pessoas — entre ageiros, tripulantes e vítimas em solo.

A ideia do projeto surgiu em 2016, quando Defanti, ao visitar o memorial das vítimas no aeroporto, percebeu o abandono do local e decidiu aprofundar a história. A série busca ir além da reconstituição do acidente e mergulha em suas múltiplas causas, que remontam a falhas estruturais da aviação brasileira, como a má drenagem da pista, superlotação, e a curta extensão do terminal, além das consequências do chamado “apagão aéreo” dos anos 2000.

Entre os depoimentos, estão familiares e amigos das vítimas, além de bombeiros e sobreviventes do impacto no prédio. Um dos elementos mais marcantes foi o incêndio de grandes proporções causado pelo combustível armazenado nos tanques da aeronave, que havia sido abastecida em Porto Alegre para economizar nos custos.

A série também resgata o contexto turbulento da aviação brasileira à época, citando o acidente da Gol, ocorrido menos de um ano antes, quando um Boeing colidiu com um jato executivo sobre Mato Grosso, matando 154 pessoas.

Congonhas – Tragédia Anunciada segue a linha de outras produções da Netflix que abordam tragédias brasileiras com impacto coletivo, como o incêndio na boate Kiss e o naufrágio do Bateau Mouche. No entanto, o diretor faz questão de diferenciar sua obra do formato “true crime”. “Não é uma série sobre crime, mas uma tentativa de fomentar um debate mais profundo sobre o que aconteceu e o que poderia ter sido evitado”, afirma Defanti.

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