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CONFLITO

Putin propõe negociação de paz com a Ucrânia após três anos de conflito

Presidente da Rússia, Vladimir Putin, propõe que negociação direta de paz com Ucrânia aconteça na Turquia, no dia 15 de maio

Ucrânia e Rússia: três anos de guerra (Foto: Pixabay)
Ucrânia e Rússia: três anos de guerra (Foto: Pixabay)

Poucas horas depois de as potências europeias exigirem que a Rússia concorde com um cessar-fogo incondicional de 30 dias, sob pena de enfrentar novas sanções, o presidente russo Vladimir Putin propôs uma negociação direta de paz com a Ucrânia no dia 15 de maio, na Turquia.

A proposta foi feita nas primeiras horas deste domingo (11), em declaração dada no Kremlin. “Estamos propondo que Kiev retome as negociações diretas sem qualquer pré-condição. Oferecemos às autoridades de Kiev que retomem as negociações já na quinta-feira, em Istambul”.

Putin defende que os dois países foquem em eliminar as causas profundas da guerra e restaurar uma “paz duradoura e estável” — não apenas uma pausa para rearmamento. Cabe ressaltar que, até o momento, o presidente da Rússia ofereceu poucas concessões para colaborar com o fim do conflito.

Putin detalhou que vai conversar com o presidente da Turquia para viabilizar o encontro. “Nossa proposta, como se diz, está sobre a mesa. A decisão agora cabe às autoridades ucranianas e seus curadores, que parecem estar guiados por ambições políticas pessoais, e não pelos interesses de seus povos”.

O presidente da Rússia também comentou as cobranças que recebeu das potências europeias – chamando-as de “últimato”. Ele rebateu dizendo que a Rússia já havia proposto diversos cessar-fogos, incluindo uma moratória sobre ataques a instalações energéticas, uma trégua durante a Páscoa e, mais recentemente, uma pausa de 72 horas para as celebrações dos 80 anos da vitória na Segunda Guerra Mundial.

Guerra entre Rússia e Ucrânia

A guerra entre Rússia e Ucrânia começou no dia 24 de fevereiro de 2022, data em que o exército russo bombardeou Kiev e uma série de outras cidades ucranianas. No entanto, as ameaças começaram a surgir quase um ano antes, com a presença militar russa cada vez mais ostentiva na fronteira entre os dois países.

A Rússia também promovia uma série de treinamentos militares em Belarus, governado por uma ditadura que colocou a nação como um dos únicos apoiadores explícitos na invasão.
Ainda em 2021, Putin apresentou à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) uma série de exigências para que não invadisse o vizinho, entre elas a de que a Ucrânia jamais aderisse ao bloco militar. O argumento da Rússia é o de que o fortalecimento da Ucrânia ameaça o território russo.

Dias antes de iniciar a invasão, Vladimir Putin reconheceu a independência de duas áreas separatistas pró-Rússia da Ucrânia, autodenominadas República Popular de Donetsk e República Popular de Luhansk, e denunciou que estaria havendo ataques “neonazistas” contra russos separatistas nessas regiões.

“Era preciso pôr fim imediatamente a esse pesadelo: um genocídio voltado contra milhões de pessoas que lá vivem e cuja única esperança está na Rússia, pessoas que só têm esperança em nós, ou seja, em mim e em vocês”.

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