Trump afirma que brancos sofrem racismo na África do Sul
Trump se incomodou com atualização que governo da África do Sul promoveu na lei de desapropriação de terras, de 1975

Ao receber o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, para uma audiência na Casa Branca, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou mais uma vez que a população branca sofre racismo no país sul-africano.
A relação diplomática entre os dois países está tensa desde janeiro, quando foi promulgada na África do Sul uma lei que atualiza regras sobre desapropriação de terras. Para Trump, a norma materializa uma forma de “racismo reverso”. Sem provas, Trump também acusou Ramaphosa de cometer “genocídio contra brancos”. Na semana ada, o governo americano concedeu status de refugiado a 59 sul-africanos brancos por supostamente estarem sofrendo perseguição racial.
A desapropriação de terras para construção de prédios com interesse público não é algo novo da África do Sul. Está prevista na legislação desde 1975. O que irritou Trump é uma atualização dessas regras, que aram a permitir, em casos raros, que os donos não recebam compensações em casos raros desde que o governo avalie que o local foi abandonado ou usado para especulação.
Esse, no entanto, não é o único episódio que contribuiu para esgarçar a relação entre EUA e África do Sul. Durante a istração do ex-presidente Joe Biden, antecessor de Trump, o governo sul-africano representou na Corte de Haia contra Israel, aliado dos norte-americanos, acusando-os de genocídio.
Em fevereiro deste ano, a gestão Trump cortou parte do financiamento à África do Sul, e no mês seguinte declarou o embaixador sul-africano persona non grata no país, o que resultou na expulsão dele.