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BRASÍLIA

Lupi deve entregar o cargo nesta sexta, dizem auxiliares de Lula

Carlos Lupi, ministro da Previdência, deve se encontrar daqui a pouco com o presidente Lula no Planalto

Carlos Lupi, ministro do Trabalho (Foto: Agência Brasil)
Carlos Lupi, ministro do Trabalho (Foto: Agência Brasil)

(Folhapress) Aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dão como iminente a queda do ministro Carlos Lupi (Previdência). Apesar da ausência de provas de sua participação no esquema de descontos ilegais de aposentadorias do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), prevaleceu a ideia de que ele não tomou providências para deter o problema e também não reagiu como deveria após a explosão do caso.

Segundo ao menos dois auxiliares do governo, Lupi pode deixar o cargo ainda nesta sexta (2). O ministro e o presidente devem se encontrar daqui a pouco no Planalto. O ex-deputado federal Wolney Queiroz (PDT-PE) é cotado para assumir o ministério, como informou a coluna .

Segundo um interlocutor do ministro, o chefe da Previdência está “muito desconfortável” desde o anúncio da escolha do novo presidente do INSS, da qual ele não participou.

Interlocutores do presidente fazem questão de lembrar que o esquema foi instalado em governos anteriores. Frisam ainda que as investigações foram iniciadas na gestão de Lula, incluindo agora a escolha de um novo presidente do INSS com perfil de “xerife”. O procurador Gilberto Waller Júnior foi escolhido para chefiar o instituto.

Segundo a investigação da PF e da CGU (Controladoria-Geral da União), descontos não autorizados em aposentadorias e pensões do INSS ganharam força a partir de 2019, no mandato do então presidente Jair Bolsonaro (PL), e atingiu a casa dos bilhões a partir de 2023, no terceiro mandato do presidente Lula. O aumento atípico nos últimos anos —com movimentações no Congresso que impediram regras mais duras para esses débitos— chamou a atenção.

Apesar do esforço saneador do governo, há o diagnóstico de que a Lupi coube a pecha de omisso. A avaliação é que sua permanência é insustentável.

A controladoria aponta que o INSS ignorou alertas feitos pelos órgãos de controle em 2024. Segundo a CGU, foram enviados seis ofícios entre 8 de maio de 2024 e 12 de julho daquele ano, pedindo providências, que teriam ficado sem resposta.